“Não dá para viver sem aventura!”, Ranimiro Lotufo conta qual é o seu maior prazer
Antes de sofrer o acidente de parapente que obrigou os médicos a amputarem sua perna direita, em 1995, o modelo Ranimiro Lotufo preferia morrer a viver sem um membro. Foi só se dar conta de que a vida poderia continuar sendo cheia de aventuras, que começou a se tornar um exemplo de força e coragem. Hoje, aos 54 anos, empresário dono de uma agência multimídia em São Paulo, ele mantém a mesma paixão: voar. “Por que não?”, perguntou ao Blog do Management, durante entrevista concedida por Skype nesta terça-feira (05).
“Sempre briguei muito para que as pessoas parassem de dizer o que eu podia ou não podia fazer. Eu mesmo quis buscar minhas oportunidades. Após um ano do acidente, estava com alguns amigos e tive a oportunidade de voar de parapente outra vez. E fui!”.
Ranimiro vai contar como transformou seu problema em uma oportunidade de viver novas experiências na 13ª edição do Pajuçara Management, um dos maiores eventos de gestão do Brasil, que acontece nos dias 9, 10 e 11 de junho em Maceió.
Sua palestra vai abordar o ponto de equilíbrio, como transformar os limites emocionais em possibilidades de crescimento. “Fiz 860 km no caminho de Santiago de Compostela. Também vou mostrar a todos como consegui isso…e como foi simples! Vou surpreender vocês com meu modo de fazer, vou deixar alguns até envergonhados quando descobrirem como é fácil”, divertiu-se.
Durante quatro anos, Ranimiro apresentou um quadro no programa da Adriane Galisteu, na Record, sobre ação, aventura e comportamento. Foi para o Nepal, viajou pelo mundo em busca de boas histórias, sem limitações. A adrenalina parece funcionar como um combustível em sua vontade de viver, se divertir, apreciar bons momentos.
“Procuro melhorar mais meu interior, meu espírito, do que meu físico. Desde a época de modelo, valorizo muito meus amigos, minha vida pessoal, meu trabalho, sei separar as coisas. O que mais vale pra mim é o conteúdo das pessoas com as quais convivo. Quero ser o que sou, se eu refletir coisas boas, melhor ainda!”, afirmou.
Recentemente, Raminiro lançou um programa online sobre o universo da enologia, chamado Vinho do Bom. Outro pequeno prazer. “Ter trabalhado na TV me abriu portas, me ensinou muito. A principal mensagem desse projeto é mostrar que é muito mais importante o momento e as pessoas que estão ali compartilhando o vinho com você do que a própria bebida. Às vezes você compra um vinho caro e as pessoas que estão ali degustando são chatas … o vinho não vai ter um sabor tão bom! A experiência toda precisa ser gostosa, agradável”, explicou.
Preconceito
Sorridente, Ranimiro prova que seu bom humor traduz de forma leve como conduz suas relações no dia a dia. “As crianças me chamam de saci, tem curiosidade quando me veem sem a prótese, eu digo que sou um saci branco. Tenho que fazer piada!”, brincou.
”Na verdade, sempre lutei contra essas pessoas que vão a programas falar sobre o preconceito que os deficientes sofrem. Na maioria das vezes, elas são as mais preconceituosas. Na minha vida não existe isso. Quando eu percebi que o preconceito maior era o meu, eu lutei contra isso comigo mesmo. As pessoas te enxergam de outra forma quando você encara a deficiência com naturalidade, passam a prestar mais atenção no seu conteúdo. Isso é o mais importante”.
Não perca a palestra de Ranimiro Lotufo no Pajuçara Management 2015. Inscreva-se!