Olga Curado: “esteja atento ao propósito”
Usando elementos das artes marciais, Olga Curado encerrou o segundo dia de apresentações do Pajuçara Management, nesta quarta-feira (04). Com tatame no palco e intenso envolvimento com a plateia, a consultora de comunicação apresentou uma sequência de recomendações para quem deseja potencializar suas realizações pessoais e profissionais. Entenda como a jornalista associou os movimentos do corpo com as decisões cotidianas.
Técnicas de K.I
Treinar para receber
Esteja preparado para receber o soco, sem permitir que ele te atinja.
“Me dá um soco!”, pediu Olga a um participante simulando um embate.
“Você pode receber o soco diretamente ou se antecipar a ele e desviar” apontou.
A analogia com os problemas cotidianos seguiu para demonstrar que não se tem controle sobre tudo, mas devemos estar dispostos a conviver com as adversidades. Para a consultora, é preciso assumir o lugar adequado ao ambiente, pois os conflitos surgem quando as posições se invertem.
Esteja atento
Fazendo uma associação com barco no mar, Olga sugeriu a observação profunda dos movimentos que envolvem o universo corporativo. Concorrência, mercado, empresa. “Angarie informações, identifique os caminhos para lidar com elas”.
Treinar para cair
Ser flexível, reconhecer limites e não resistir às situações extremadas foram alguns dos movimentos propostos por ela para se preparar para as derrotas cotidianas.
“Deixamos de fazer algo com medo de cair. O que não significa estar predisposto ao fracasso e sim entender que há situações fora de controle”, afirmou, direcionando a atenção ao propósito individual.
Não há verdade absoluta
“Alinhe-se ao discurso do outro”. Em mais uma intervenção com os participantes do evento, Olga defendeu a ideia de que uma ação pode ter várias interpretações. Para minimizar os conflitos, é necessário se alinhar ao outro na tentativa de trilhar um mesmo caminho.
Para cada problema há quatro saídas
Rica em associações, Olga propôs 4 personagens para retratar as possibilidades de lidar com as dificuldades:
- Vitimização: colocar o problema na circunstância e nas demais pessoas.
- Imposição: imprimir voz de comando e obrigar o grupo a vivenciar uma realidade imposta
- Omissão: aguardar que as questões se resolvam automaticamente. “Um alerta, os problemas não se resolvem sozinhos”, ironizou.
- Sabedoria: colocar-se na perspectiva do outro. Usando o Mestre Yoda – personagem da saga Star Wars – como exemplo, Curado afirmou que devemos ouvir. De peito aberto para as questões, fica mais fácil encontrar a saída.
Convide o outro pra se mover junto com você
“Use o modelo da transformação”, recomendou. Andar ao lado é para a Olga a principal analogia com a necessidade de alinhar discurso e criar empatia.
A circunstância define a técnica
Partindo do ideia de que não há fórmulas prontas, a consultora propõe uma análise global sobre as questões. Entender qual a maneira recomendável, passa por identificar as motivações.
O movimento é feito a partir de você
Adapte-se, mude!
O ponto de atrito é o menor ponto de contato
“Tente por 2 minutos não pensar no urso branco polar”.
Brincando com a impossibilidade do pedido, Olga falou que é preciso criar uma distração pra não pensar no ponto de atrito. Para isso, é necessário imaginar que o outro e você queiram a mesma coisa. “Resignifique as situações. Imagine que seu oponente é um bebê. Isso relaxa” recomendou.
Olga Curado e a velocidade da informação
Ao final da exposição, Olga Curado participou de um bate-papo com Clayton Santos – secretário de Comunicação de Maceió. Durante o encontro, mediado pelo jornalista Rodrigo Cavalcante, os participantes falaram sobre comunicação pública, empreendedorismo, além do relacionamento social com a velocidade e banalização da informação.
Sem entrar em detalhes, Olga Curado tratou de sua relação com a presidente Dilma Rousseff durante o treinamento que realizou na última campanha eleitoral. “Meu treinamento passa, inclusive, por agradecer a existência de concorrência (partidos e candidatos). Sem ter com quem comparar, fica difícil propor melhorias”, destacou.
Questionada sobre o excesso de informação, a consultora defendeu a importância de aperfeiçoar a capacidade de leitura humana. “Precisamos de conhecimento e experiência para selecionar o que é relevante. Não precisamos saber tudo” concluiu.
Amanhã tem mais. Acompanhe o blog do Management e veja em tempo real a cobertura do último dia de Pajuçara Management 2014!